Sheldrake, através de inúmeros experimentos, compreende que grande parte dos comportamentos humanos vinculam-se aos Campos Morfogenéticos, muitas vezes estabelecidos em tempos imemoriais, pela ação das suas Ressonâncias sobre o espaço e tempo.
Através da conexão entre o indivíduo e um determinado Campo, as informações que dirigem determinado comportamento são acessadas, levando-o a apreender, assumir e repetir o mesmo comportamento. Quanto mais indivíduos vinculados a este, mais forte e intensa se torna as ressonâncias envolvidas, fazendo com que mais indivíduos se comportem da mesma forma.
Para Sheldrake, mais precisamente, a maioria dos comportamentos de um indivíduo associa-se ao sistema a que ele pertence, ou seja, a sua ancestralidade. Assim, conclui-se que os Campos são estruturas de probabilidades e a transmissão transgeracional é um fato dado e presente em todas as pessoas. Os tipos e as questões vivenciadas anteriormente pelos antecedentes determinam o desenrolar no presente de uma problemática semelhante.
Portanto, o passado influi no presente, os ancestrais influem na geração atual, há semelhanças entre as gerações, estabelece-se repetição dos comportamentos dos ancestrais, a história continua pela força do hábito até que possa ser modificada pela força da transformação.
Desse modo, sempre que um membro de uma espécie constrói um novo padrão de comportamento e o repete suficientemente e continuamente, o Campo determinante anterior pode ser modificado. Os novos Campos que são construídos no presente serão herdados pelas próximas gerações, através de um fluxo contínuo de informações.
O estabelecimento do novo provoca mudanças além de si mesmo e afeta o sistema por inteiro, mesmo que o contato entre os envolvidos seja mínimo ou inexistente. Diante do exposto, é inevitável a conclusão que a responsabilidade ética do indivíduo ou grupo diante da vida aumenta, pois, evidencia-se que o processo de autoconhecimento e autotransformação nunca é isolado ou sozinho.
Por exemplo, o histórico de hábitos não saudáveis ou doenças dos antepassados pode impactar no funcionamento dos organismos dos seus descendentes e aumentar a incidência das mesmas doenças sobre as gerações futuras. A cadeia é quebrada quando as novas gerações conseguem se desconectar dos antigos hábitos e criar outros novos que serão levados adiante pela ação da ressonância.
Considera-se que o intercâmbio de informações provocado pela Ressonância dos Campos Morfogenéticos pode explicar os fenômenos como telepatia e intuição, pode também trazer uma compreensão mais precisa do termo inconsciente coletivo criado pelo psicanalista Carl Gustav Jung.
A sistematização da Teoria de Sheldrake trouxe uma das fundamentações teóricas que sustenta a Constelação Sistêmica Familiar e propiciou a criação e efetivação de um método de terapia inovador, primeiramente proposto por Bert Hellinger.
De fato, todos os dias e em muitos lugares, evidencia-se a constatação da realidade dos fatos aqui relatados, tanto pelos facilitadores dessa técnica quanto pelos próprios clientes que experienciam a mesma. Dentro de perspectivas realistas, a Teoria de Sheldrake, assim como a técnica da Constelação Sistêmica Familiar, reverberará cada dia mais na sociedade, instituições, ou seja, nos sistemas.
Estou estarrecido…pra mim é uma novidade,vou procurar saber mais talvez esteja aí a explicação para minha arte abstrata,bora lá…
É gratificante ter informações para que possamos mudar para melhor e assim levar para as próximas gerações conteúdos de transformações.
Quais as evidências pra tais afirmações?
Rupert Sheldrake fez vários experimentos para elaborar essa teoria, assim como outros cientistas na atualidade continuam pesquisando. O meu texto é bem básico, há vários textos e livros que se aprofundam no assunto. Ver também o outro texto que eu fiz sobre: http://heitorrosa.com.br/estudo/entendendo-o-que-sao-os-campos-morfogeneticos-e-a-ressonancia-morfica#more-295
Referências: A Presenca do Passado: Ressonância Mórfica, Instituto Piaget, Lisboa. 1996. O Renascimento da Natureza: O Reflorescimento da Ciência e de Deus, Cultrix, São Paulo. 1993. Sete Experimentos Que Podem Mudar O Mundo. Cultrix, São Paulo. 1999. Cães Sabem Quando Seus Donos Estão Chegando. Objetiva, Rio de Janeiro. 1999. A Sensação de Estar Sendo Observado. Cultrix, São Paulo, 2004. Ciência Sem Dogmas: A Nova Revolução Científica e o Fim do Paradigma Materialista. Cultrix, São Paulo, 2014.
Ótima explicação.
Grata, Gisele